Descrição
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Ficha Técnica
Camarão Fantasma 2-3cm
Nome em português: Camarão-fantasma.
Nome em inglês: –
Nome científico: Pseudopalaemon amazonensis Ramos-Porto, 1979
Origem: Norte da América do Sul, Bacia Amazônica
Tamanho: fêmeas com até 4,1 cm
Temperatura da água: cerca de 25° C
pH: 5.3-7.4
Dureza: moderada a mole
Reprodução: abreviada, todo o ciclo em água doce
Comportamento: pacífico
Dificuldade: fácil
Apresentação
O gênero Pseudopalaemon é endêmico da América do Sul, está representado no Brasil por cinco pequenas espécies com aspecto de “camarão-fantasma”, quatro delas encontradas na bacia amazônica, e a quinta no sul do Brasil. Dentre as espécies amazônicas, a mais comum e com distribuição mais ampla é o Pseudopalaemon amazonensis. Raramente é visto no hobby, embora tenha grande potencial como espécie ornamental.
Etimologia: Pseudo vem do grego pseudes, “falso”; Palaemon é outro gênero de pequenos camarões transparentes, de águas doces, salobras e salgadas. E amazonensis significa morador da Amazônia.
Origem
Esta espécie de camarão tem distribuição relativamente ampla, sendo encontrada na Bacia Amazônica, no Brasil (estados do Amazonas e Pará), Venezuela e Colômbia. Relatos de presença no Peru, sem registro oficial. São mais comuns no leque noroeste da bacia, principalmente na bacia do Rio Negro, mas são encontrados também na região mais oriental, distribuindo-se até a baía de Caxiuaná e nordeste do Pará.
São mais comuns em corpos de água preta, mas ocorrem também em habitats de águas claras. É uma espécie de águas abertas, sendo frequentemente encontrados em águas correntes e rasas de fundo arenoso. Refugiam-se entre o folhiço depositado quando inativos, ou quando perturbados. Sua distribuição estende-se do igapó até pequenos córregos na terra firme.
É uma espécie comum e bem distribuída, categorizada como Menos Preocupante (LC) pela IUCN e Sociedade Brasileira de Carcinologia.
Os exemplares das fotos e vídeos foram capturados em ambiente de terra firme, num afluente da bacia dos igarapés da Reserva Florestal Adolpho Ducke em Manaus/AM. Os mesmos ficam em meio a vegetação e raízes submersas em locais com maior correnteza, de fundo arenoso.
Aparência
Em ambiente natural, são completamente transparente e nem um pouco atrativos, a principal diferença para outras espécies de camarões é o rostro comprido. São camarões pequenos, machos atingindo até 3,8 cm, fêmeas até 4,1 cm. Possuem o corpo transparente, com o típico aspecto de “camarão-fantasma”, mas quando bem adaptados exibem uma coloração bastante interessante, com faixas e manchas de cor arroxeada escura e outras claras, cujo contraste sobre o corpo transparente lembra um letreiro fluorescente. Há uma faixa púrpura-enegrecida principal ao longo de toda a margem inferior do rostro, assim como a face inferior do segmento peduncular da antena, e margem interna do escafocerito. Estas se continuam na carapaça como uma linha oblíqua do espinho antenal até a base do terceiro pereiópode. Possui também outras listras verticais escuras mais finas, as maiores sobre a região branquiostegal e margem anterior do primeiro segmento abdominal, que se continua na margem da pleura. Manchas escuras na base dos urópodes, e na margem externa distal de ambos ramos uropodais. Também possui faixas de cor creme-esbranquiçada brilhante, as principais longitudinais em toda a margem dorsal do rostro continuando-se no interior visceral do cefalotórax até os primeiros segmentos abdominais, e outra ao longo de toda a face ventral abdominal e telso. Visto de cima, estas duas faixas se sobrepõem como uma única linha clara. Também possui faixas claras transversais na região dorsal média abdominal, e nos urópodos. Curiosamente, a literatura científica menciona somente as faixas escuras, provavelmente as claras são perdidas com o animal morto. Mesmo em animais vivos, esta padronagem completa só aparece com os camarões bem adaptados ao aquário. A depender do momento, podem estar presentes somente a pigmentação escura, ou a clara, talvez desempenhando um mecanismo de camuflagem.
Como todo Pseudopalaemon, o padrão de espinhos da carapaça é idêntico ao dos Macrobrachium, possuindo o espinho antenal e hepático, mas não o espinho branquiostegal. A diferenciação com o Macrobrachium é feita pelo aspecto das mandíbulas, o Pseudopalaemon não possui palpo, enquanto que o Macrobrachium possui um palpo tri-articulado.
Rostro: desenvolvido, alongado (cerca de 1,75 vezes o comprimento da carapaça), com a metade distal curvada para cima e ultrapassando distintamente a extremidade do escafocerito. Margem superior com 6~9 dentes distribuídos uniformemente, com um dente pós-orbital, e outro acima da órbita. Metade dorsodistal sem dentes, ápex bífido. Margem inferior com 5 a 8 dentes regularmente distribuídos, inclusive onde a porção dorsal é desarmada.
Quelípodos: delgados e lisos, iguais na forma e no tamanho. Dedos da quela fechados em todo seu comprimento, dedos distintamente maiores que a palma. Carpo discretamente mais longos do que a quela, mero com ¾ do comprimento do carpo.
Aquário e Parâmetros de Água
Amazônicos, são encontrados tanto em ambientes de águas negras quanto claras, embora bem mais comuns na primeira. Nos locais de coleta em Manaus, os parâmetros foram pH médio de 5.2, baixa condutividade elétrica de 10,9 μS/cm e bem oxigenadas. A temperatura mostrou-se pouco variável com média de 25,1ºC.
Ficam tranquilamente em aquários ácidos e neutros, com bastante vegetação. Quando bem adaptados destacam as faixas fosforescentes do corpo, sendo que substratos escuros e vegetação densa contribuem bastante para destacar toda a beleza dessa espécie.
A filtragem deve ser bem eficiente e que crie alguma correnteza na qual eles permanecem quando não estão se alimentando. Tomar bastante cuidado ao acender e apagar a iluminação pois tendem a se assustar e a saltar.
Dimorfismo Sexual
Fêmeas são um pouco maiores que os machos, medindo até 4,1 cm. Fêmeas possuem pleuras abdominais arqueadas e alongadas, formando uma câmara de incubação. Também podem ser diferenciados pela análise dos órgãos sexuais, mas isto é bem difícil em animais vivos.
Reprodução
O P. amazonensis é uma espécie com reprodução especializada, gerando ovos grandes e pouco numerosos, elípticos, com maior diâmetro de cerca de 2,6 mm. Assim como os demais palaemonídeos, a fêmea passa por uma muda pré-acasalamento, e logo após o macho deposita seu espermatóforo. Após algumas horas a fêmea libera os ovos, que são fertilizados e se alojam nos pleópodes. As fêmeas carregam entre 7 a 19 ovos em cada prole.
Período larval com três fases bentônicas, já nascendo com pereiópodes funcionais, medindo 6 mm. O tempo de desenvolvimento é de 7 a 8 dias, em que não se alimentam.
Nas populações do igapó, o período reprodutivo é na época de cheias. As populações de terra firme se reproduzem ao longo do ano todo.
Comportamento
É uma espécie ativa, se movimentando por todo o aquário, desde que não haja potenciais predadores. Bastante dóceis, podem ser mantidos com outros peixes e invertebrados, desde que estes sejam pacíficos. A maior parte do dia permanecem entre a vegetação e fundo procurando por alimentos e o aquário precisa ser bem tampado, pois costumam ficar próximos à superfície ou nas entradas e saídas dos filtros quando não estão se alimentando e saltam com muita facilidade. Adoram água bem movimentada e permanecem nos locais onde há maior movimentação de água.
Alimentação
Na natureza, são onívoros com predileção por rotíferos, microcrustáceos e ácaros, baseado no seu conteúdo estomacal. Em aquários não são nada exigentes quanto à alimentação, comendo desde algas a restos de ração dos peixes. Aceitam tanto ração em flocos como em pastilhas. Alimentam-se de animais mortos, inclusive outros camarões. São bastante úteis como faxineiros, coletando restos de alimentos em locais inacessíveis a outros animais.
Fonte: planetainvertebrados.com.br
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